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22/09/2020 11:05

Bonito e Pantanal: para quem busca contato com a natureza nas viagens

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Inovação e sustentabilidade nas viagens são o novo normal. Ou deveriam ser, segundo a Organização Mundial do Turismo. Ao lado das medidas sanitárias e econômicas já tomadas pelas empresas, a entidade recomenda a transição para um turismo mais eficiente, com baixa emissão de carbono, e a construção de um setor sustentável, com experiências de qualidade oferecidas ao viajante e dados para planejamento.

Segundo dizem especialistas, há um interesse de viajantes por destinos na natureza e perto de casa, onde possam ir de carro.

“As pessoas estão há muito tempo longe de ambientes naturais. O ecoturismo promove segurança, impacto positivo e bem estar a todos”, afirma Gabrielle Monteiro, gerente de Marketing da Pisa Trekking, especializada em roteiros de aventura.

Trilhas e escapadas devem ser o primeiro tipo de viagem a voltar nesse segmento. “Essa é uma tendência muito forte. É um cenário que já conseguimos enxergar, no qual temos investido nossos esforços”, diz Gabrielle.

Preservação ambiental em Bonito

Bonito já era referência nacional em conciliar viagens e cuidado com a natureza, bem antes da pandemia. “O limite de visitação é extremamente importante para controle e preservação do meio ambiente”, diz Nelson Izidoro Chemin Junior, administrador do Aquário Natural, que recebia em torno de 1,5 mil pessoas por mês para curtir flutuação, tirolesa e trilha, entre outras atividades.

Proprietário dos espaços Recanto Ecológico Rio da Prata, Lagoa Misteriosa e Estância Mimosa Ecoturismo, o Grupo Rio da Prata também oferece flutuação e trilhas, além de passeios a cavalo e visitas a cachoeiras.

“Temos o compromisso de praticar o ecoturismo, a agropecuária e ações socioambientais visando a conservação e proteção dos recursos naturais.

Realizamos ações ambientais como plantio em fazendas da região e doação de mudas para ONGs”, afirma Luiza Coelho, diretora de sustentabilidade do grupo.

No início do ano, a empresa adquiriu um barco movido a energia solar, que permite realizar passeios com emissão zero de poluentes na água e no ar, e inaugurou uma fábrica de biofertilizantes em agosto.



Em Bonito, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Mato Grosso do Sul (Sebrae/MS) desenvolve um trabalho para a retomada das atividades locais. “A percepção relacionada à sustentabilidade já era bem madura entre a maior parte dos empresários. O Sebrae trouxe para o destino a possibilidade e a viabilidade de realizar com mais segurança o retorno das atividades turísticas, atendendo a preocupação relacionada à saúde e à segurança dos trabalhadores, dos clientes, da comunidade local”, explica Matheus Oliveira, gerente da Regional Oeste do Sebrae/MS.

Documenta Pantanal

Pensando em dar visibilidade ao bioma e em promover sua preservação, foi criada há pouco mais de um ano a Documenta Pantanal, com a participação de empresários de turismo, ambientalistas e profissionais de artes visuais.
A iniciativa registra e divulga a cultura e a natureza da região, por meio de exposições fotográficas, publicação de livros e produção de filmes, entre outras ações. “O turismo é uma grande e eficaz saída para aquela região. E lá tem gente especializada, muita pousada boa”, afirma Mônica Guimarães, diretora executiva da Documenta Pantanal.


Documenta Pantanal – Foto: Documenta Pantanal

As queimadas do norte do Pantanal não haviam migrado para a parte sul, onde fica o Refúgio Ecológico Caiman, em Miranda, no Mato Grosso do Sul. “A seca neste ano está pior”, diz Roberto Klabin, proprietário do hotel, lamentando a reviravolta sofrida pelo bioma: “O Pantanal até a pandemia estava caminhando para se tornar esse destino de observação de fauna. É a nossa planície africana, inundável.” Dentro do hotel, funcionam projetos como Onçafari e Arara-Azul, de conservação e contemplação dos animais locais.

Fonte: Bonito Net
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